terça-feira, 21 de abril de 2020

A visita virtual ao Mercado Central de Pelotas

Depoimentos (falas) dos familiares e dos alunos da Escola

A Roda de Conversa que havíamos programado - na versão original do Projeto - acabou por se transformar numa roda virtual, online, via WhatsApp. Os familiares foram provocados, a partir de imagens ou de memórias a compartilharem com as crianças as suas impressões sobre o Mercado. Os alunos também foram instigados a participar, manifestando suas percpeções sobre o mercado do passado e, este, do presente.

Alguns diálogos foram travados a partir de observações feitas por alunos e seus familiares sobre as manifestações culturais que sempre foram realizadas no Mercado Central de Pelotas.

Todos os diálogos foram intermediados pela acadêmica autora do Projeto. Abaixo algumas observações feitas pelos integrantes do Projeto.

Referências dos familiares:


Mãe da Izaura: Fazia muito tempo que eu não vinha no mercado. Lembro de ter vindo umas duas vezes com minha mãe. Nem me lembro bem para quê, mas tinha mais lojas de coisas de alimentação, que hoje não tem tanto. A Izaura nunca trouxe para visitar o mercado.

Mãe do José: Eu adorava vir ao mercado com minha mãe, e vinha com freqüência. Havia um loja, interna, onde ela comprava alpiste para os passarinhos que nós criávamos em casa. Nessa loja havia muitos animais para vender, tartaruga, coelho, pinto, cachorro, gato, peixes...havia muitos aquários. O mercado era bem popular... tinha de tudo...muitas lojas,  erva, temperos a granel, e peixe, bancas de peixe, muitas. O mercado tinha um cheiro, forte. Misturavam-se os odores.

Pai do Pedro: Hoje é bem diferente, o mercado tem poucas lojas, está revitalizado, mas perdeu a sua característica mais popular, de comércio.

Avó da Luiza: Eu também visitava muito o mercado, havia uma loja de sapatos, onde meu pai comprava galochas – um sapato de borracha para botar em cima do sapato  - e também galochas.

Tio da Daniele: Eu tenho lembrança de ir ao Mercado com minha avó para comprar coisas de vime, e havia uma loja com banquinhos de madeira, brinquedos de madeira, cavalinhos e minha avó sempre me levavam quando precisava comprar algo, especialmente para a escola.

Mãe da Amélia: Havia uma banca cheia de nozes, castanhas, eu ficava de olho naquilo. Eu ia muito, porque morava perto.  Minha mãe fazia doce, ela era doceira,  e comprava as especiarias ali. Hoje eu faço doce também, mas já não compro muita coisa no mercado, até tem, mas é mais caro. 

Pai do Antônio: Minha memória do mercado está também no Abrigo de ônibus que existia em frente à entrada do Mercado. Ali meu pai comprava balas de coco, e cocada, aranha, um tipo de cocada que parecia uma aranha.

Pai da Janaína: O mercado era um lugar que eu ia com meus pais, para comprar produtos alimentícios, carne, peixe, frutas. Era um lugar de comércio intenso. Não havia supermercado, então as compras eram feitas em feiras, ou no mercado.

Mãe da Bianca: Havia uma banca, com muitas coisas penduradas, salame, torresmo, carne de porco...era uma banca de um senhor muito gordo, eu ia sempre com meu pai.

Avó da Tamara: Eu tenho um grande carinho pelo mercado porque eu ia muito com meus avós, porque uma das bancas do mercado era do meu tio. Chama-se a Deliciosa, era uma banca que vendia muita coisas, temperos, bacalhau, salame, queijo, tinha uma vitrine com os frios, as cerejas, morcilhas, banha,  tudo ficava exposto no balcão. O prêmio de ir visitar meu tio era poder entrar na banca, e olhar o cofre, a balança, era um lugar muito pequeno, mas tudo organizado. Não havia supermercado como temos hoje...

Tia da Paula: Eu me lembro de ir ao mercado com os meus avôs, e comprava pinico para as minhas bisavós.

Mãe da Jéssica: Sempre me chamou atenção no mercado as mesas onde ficavam os peixes,  com gelo, e os peixes ficam expostos...eram muito bonitas as mesas. Eu também tenho lembrança do incêndio, no mercado, porque a minha avó morava perto do Teatro Guarani, pela Gonçalves Chaves, e nós fomos para o pátio ver os rolos de fumaça...era de noite, e havia muita fumaça.

Mãe da Antônia: Eu nasci em 1982, e eu tenho memória, lá pelos idos de 87, de ir a uma das lojas para comprar, com a minha dinda, porquinho da índia. Havia essa loja de comércio de animais...galinha, porquinho da índia, peixe, pássaros, tartaruga, enfim...

Tio do Marco: O mercado tinha muito mais movimento... era um local de comércio popular, com muitas lojas, de sapato, verduras, peixes, açougue, especiarias, temperos, louças brancas...havia louças brancas para pintura em porcelana...tudo isso se comprava no mercado.

Pai do Maikon: O meu avô teve uma banca no mercado,  de venda de especiarias...linguiça, bacalhau, temperos,  queijos,  salames...meu pai me sentava no balcão, e tinha muita mercadoria dependurada no teto... Era muito peculiar.

Referências dos alunos:

José: Sobre o incêndio será que queimou muito? E teve fumaça... E depois reconstruíram e ficou muito bonito;

Pedro: Eu achei que no mercado haveria mais lojas...achei bem vazio.  Por que não tem mais lojas no Mercado?

Maikon: Eu gostei de ver o lugar onde as pessoas vão com os amigos...ficam na calçada, ali fora, porque dentro não tem muita coisa. Ah...tem uma loja de doce, também, que tem mesas pra sentar. Acho que antes não tinha.

Luiza: Eu gostei de ver a foto do mercado que tem o bonde. Hoje não existe isso, mas minha vó sempre fala que  existia esse tipo de ônibus.

Daniele: Em aula, quando falamos das lojas que havia no mercado, a profe disse que havia uma de vender bichinhos. Agora não tem mais, ela explicou que é proibido vender os animais, e ter em casa alguns animais que minha tia me disse que comprava no mercado com a avó dela.

Paula: Eu nunca imaginei que os peixes pudessem ficar naquelas mesas de cimento que a professora mostrou em aula. E a vó do Pedro falou que achava bonito.

Antônia: Eu gostei de ver o prédio bem bonito, pintado de amarelo e branco...diferente de antes, que era mais escuro... E também da torre do relógio, que já faz muito tempo que está lá naquele local.

Marco: Eu percebi que sempre teve festa no Mercado, de um jeito diferente, antes, mas sempre houve. Música ou peça de teatrinho, tal como hoje acontece. Eu já vim num show aqui com meu tio, acho que era perto do Natal.

Janaína: Eu nunca tinha vindo no Mercado. Minha mãe não tinha me trazido aqui. Eu gostei do lugar, mas pelo que minha mãe disse, antes havia mais compras, coisas para comprar. Hoje a gente compra tudo num super, ou num barzinho perto de casa.

Izaura: Eu não conhecia o mercado. Fique gostando de saber que tem esse lugar, e que a gente pode vir. Vou pedir para o meu pai, quando tiver um dia bom, e a COVID-19 permitir, me levar para visitar. A minha mãe já me prometeu me trazer para comer um doce, símbolo de Pelotas.

Mercado Central em Imagens - passado e presente

Passado - Todas as imagens estão disponíveis na Web
As imagens acima, no sentido horário, começando pela da primeira linha, à esquerda, é possível observar a primeira versão da obra do mercado. A foto é interessante, também, porque mostra o bonde, meio de transporte utilizado na Pelotas do Século XIX. Na sequência, uma imagem dos ferros retorcidos pelo incêndio que abalou o mercado central, em 1969.  A próxima foto, não é exatamente do Mercado, mas do Abrigo de Ônibus que existia em frente a uma das entradas centrais do Mercado, pela Rua, hoje, Lobo da Costa, de onde saiam e chegavam os ônibus interbairros de Pelotas.
Abaixo, vê-se as mesas de concreto das bancas que vendiam peixes. Ali eram colocados os peixes com gelo, exibidos para a clientela.
A imagem seguinte mostra a grande confluência de pessoas que buscavam o mercado para compras de gêneros alimentícios, ainda no século XIX. 
O mercado, já no século XX, possuia uma diversidade de lojas. Uma delas vendia brinquedos de madeira, objetos de vime, alpargadas, cavalinhos de pau para crianças. Alguns objetos podem ser visualizados na foto na linha de baixo, ao centro. Na sequência, outra imagem, provavelmente da década de 1960.  Há, também, a fotografia que mostra a loja de sapatos, local onde se comprova galochas, botas de chuva, e calçados de todo o tipo.


O presente
Todas as imagens estão disponíveis na Web

Acima, imagens recentes do Mercado Central de Pelotas, Ainda há bancas de peixes, poucas, na verdade. Cafeteria, loja de doces, restaurantes e bares, barbearia - que também havia durante toda a existência do Mercado - além de lojas de especiarias, temperos, comida orgânica, e de souvenirs.

Além dessas imagens, outras tantas foram enviadas pelos alunos, disponibilizadas pela acadêmica responsável pelo Projeto, a partir de pesquisas em livros e na internet. Todas elas circularam entre os alunos e seus familiares, o que permitiu - também pela assistência aos videos - estabelecer um diálogo, via WhatApp, oportunidade em que curiosidades e lembranças foram compartilhadas pelos familiares com os alunos, estes também trouxeram curiosidades, ou dúvidas, estas sanadas pela acadêmica responsável pelo projeto.

Todo esse material, reunido, foi organizado pela acadêmia responsável pelo Projeto, dando origem a este Blog, que está servindo como um repositório de imagens e falas dos alunos e de seus familiares.

História do Mercado Central de Pelotas



Para subsidiar o trabalho dos alunos, esse video também foi exibido, antes da pretendida visita ao Mercado que, na impossibildiade de ter se realizado - em função da suspensão das aulas presenciais pela pandemia da COVID-19 - foi feita virtualmente, através dos videos assistidos. 

Neste, os alunos puderam ver a estrutura atual do Mercado Central de Pelotas que, pelas fotos que foram também visibilizadas pelos alunos, se mostra bem diferente daquele mercado do passado. 

Incêndio no Mercado Central de Pelotas

Imagens disponíveis na Web
Em 04 de setembro de 1969 um incêndio atingiu o mercado central de Pelotas. Este fato foi muito marcante na história do Mercado e de Pelotas, e é um episódio sempre lembrado quando se fala no Mercado.

Depois do incêndio, comprometida uma parte do prédio,
Imagem disponível na Web
muitos defenderam a ideia de que o Mercado deveria ser demolido, porque já não viam tanto sentido na permanência do local como um ponto de mercancia importante e sob o argumento de que já não se encontravam tantos produtos de qualidade nas lojas locais. Além disso, argumentavam os defensores da demolição do prédio que o incêndio e a presença de um terminal de ônibus em suas cercanias deterioravam a imagem do próprio Mercado, e da cidade.

Imagem disponível na Web
Mesmo com esse movimento em prol da destruição, o projeto não foi adiante.

Em 1985, o Mercado Central foi tombado como Patrimônio Histórico do Município, pelo então prefeito Bernardo de Souza. No mesmo ano os camelôs foram transferidos para o entorno do Mercado devido às obras no calçadão da cidade.

Em 1990, o Mercado Público de Pelotas mais se assemelhava a uma favela , descaracterizando o lugar devido à permanência de camelos em todo seu entorno , gerando criticas dos comerciantes do local, pois as bancas dos camelos cobriam e 7 escondiam o comércio do Mercado.

Contudo os camelos só sairam do Mercado em 1998, ano em que foram, também, destruídos os abrigos de ônibus do local.

Em 2002  Mercado foi revitalizado pelas obras do Programa Monumenta, do Governo Federal, e as obras foram finalizadas em 2012, sendo que atualmente o Mercado perdeu sua função original, sendo considerado um pequeno shopping.

Breve História do Mercado Central de Pelotas



Esse vídeo foi exibido em sala de aula para os alunos do  4º ano  para contar a história de Pelotas. Nele, constam as informações acerca do Mercado Central de Pelotas, no tempo 1.08.30 até 1.11.20, que é o objeto do projeto.

Imagem disponível na Web
Foi destacado, para os alunos, que, no século XIX em 1845/1846 surge a ideia de construção de um mercado, no local que era entendido como central na cidade,   local de confluência de gêneros alimentícios, através das quitandeiras, num edifício impregnado da influência da arquitetura militar, já que possui um tipo arquitetônico de fortaleza. Com reservatória de água, com cisterna, parecia, realmente um forte, uma fortaleza, o que se explicava porque recentemente havia acabado a guerra no Estado. 


No final da década de 40, é adotado o projeto de um arquiteto alemão, que vivia na cidade, chamado Roberto Offer, imigrante que já trabalhava com arquitetura, mas também se ocupava da fotografia, era fotógrafo. As linhas eram neoclássicas, o acesso ao prédio se dava pelas arestas desse quadrilátero, e haviam frontões triangulares. 


Imagem disponível na Web


Imagem de 2014
Disponível na Wev
Depois o mercado vai ter uma mudança significativa - em 1912 - com uma obra que lhe dá um novo estilo arquitetônico, e isso acontece para comemorar o centenário da cidade.  O mercado passa a ter uma feição art. noveau,  estilo que estava na moda, influenciado pela belle epoque francesa. 

Torre com Estátua de Mercúrio
Foto 1969 - Disponível na
Web


O mercado ganha quatro torres, os cantos voltam a ser vivos, e os acessos passam a ser no meio dessas torres. É sbustituida a torre que havia no pátio central do Mercado, que era de alvenaria, e feita a importação de uma torre metálica que imita a torre Eiffel francesa. A torre veio de Hamburgo na Alemanha, foi construída nas usinas de Luneburgo e foi trazida de navio - Sieglinde  - do porto de alemão para o porto de Pelotas, que fazia rota pelo oceano Atlântico. 
Mercúrio - Disponível na
Web




Em 1969 um temporal fez ruir a figura de Mercúrio que desabou. Muitas tentativas de recuperação foram realizadas, mas nenhuma delas foi exitosa. Hoje está guardada no Centro de Atendimento ao Turista do Mercado Central como testemunha viva do que foi.


Projeto Integrador: Vi.Vendo Satolep: práticas educativas na cidade educadora

Esse blog surgiu a partir da necessidade de execução do Projeto intitulado Mercado Central de Satolep - do passado ao presente, no marco do Projeto Integrador  Vi.vendo Satolep: práticas educativas na cidade educadora, das Disciplinas de Didática e de Avaliação da Aprendizagem, do Curso de Pedagogia, modalidade EAD, da Universidade Católica de Pelotas.

Abaixo, a título de apresentação da proposta, descrevemos os dados do projeto, tal como ele inicialmente foi programado.  Não obstante, embora não apareça na metodologia e na avaliação a feitura desse Blog, ele surge a partir do contexto da pandemia da COVID-19, que impôs a todos o distanciamento social e, às escolas, a realização de atividades educativas mediadas pela tecnologia.

Esse contexto, portanto, determinou que a visita técnica ao Mercado de Pelotas fosse substituída pela visita virtual, através de imagens (fotografias e video) e, a exposição na Escola do Painel que seria produzido a partir das imagens e das percepções de alunos e familiares,  por este Blog.

1.Dados de Identificação
1.1 Título do Projeto: Mercado Central de Satolep: do passado ao presente
1.2 Disciplinas Proponentes: História e Arte
1.3 Professores Responsáveis: Incerta de Souza e Hipotética da Silva
1.4 Acadêmica Responsável pelo Projeto: Ana Cláudia Vinholes Siqueira Lucas
1.5 Carga Horária: 30 horas
1.6 Período de Realização: 02/03/2020 a 10/05/2020
1.7 Local de Realização: Sala de Aula e Mercdo Central de Pelotas
1.8 População envolvida: alunos da 4º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Precária Duvidosa Severo Moreira e familiares dos alunos

2. Justificativa: Os estudos de História nas séries iniciais devem levar em conta o cotidiano da criança, em seu tempo e espaço e precisam partir do presente para, então remetê-los ao passado, fazendo-os perceber, fundamentalmente, como eram os contextos da sua ralidade atual, do seu dia a dia, noutros tempos passados. Por sua vez, o estudo da Arte deve privilegiar o conhecimento humano, através de variados aspectos, dentre eles o patrimônio histórico e cultural da humanidade. A proposta de atividade envolvendo o Mercado Central da cidade Pelotas, na interdisciplinariedade das disciplinas - História e Arte - justifica-se, portanto, pela importância histórica desse locus, por seu peculiar estilo arquitetônico, e por haver exercido importante função no abastecimento da cidade, na oferta de serviços, além de ter combinado - e ainda conjugar - outras atividades de cunho social, cultural e de lazer. Ao conhecer e vivenciar experiências a partir de visita ao Mercado Central, as crianças poderão compreender o espaço do mercado com um lugar de sociabilidade, de interação entre os indivíduos, perceendo a mudança dos costumes na comparação histórica entre o que foi e o que se tornou e, também, apreciar - para diferenciar e valorizar - a arquteitura de seu edifício. Além disso, o Mercado Central, como espaço público integrante do Patrimônio Histórico da cidade deve ser apropriado por toda a comunidade, isto é, é espaço de ocupação por todas as pessoas que vivem, que habitam a cidade. Como se pode supor, nas regiões periféricas de Pelotas, muitas crianças - e seus familiares - desconhecem esses espaços, que comummente são ocupados por populações que vivem e habitam as regiões mais centrais. Porém, tanto do ponto de vista histórico, quando artístico, a cidadania precisa ser encarada e reconhecida por todos. Dai que propiciar o estudo desse edifício histórico também é reforçar  direito à cidade, direito que é de todos e que por todos deve ser exercido.

3. Metodologia: os alunos serão subsidiados  com algumas informações preliminares sobre a história do Mercado Central de Pelotas, motivados e provocados através de fotografias e imagens do seu prédio, no tempo presente e no passado. Dos materiais disponibilizados às crianças, elas precisarão escolher alguma imagem, ou informação que lhes tenha chamado atenção e, então, em dia determinado em sala de aula, fazer uma breve apresentação sobre o que escolheram, produzindo-se diálogo entre todos. Na sequência, em aula subseqüente, haverá visita ao Mercado Central, sendo os alunos conduzidos por ambas as professoras, devendo levar um familiar para (re) conhecer o local.  No dia da visita, os alunos percorrerão o espaço, as professoras provocarão algumas reflexões a partir de informações sobre peculiaridades e características do local, e os alunos deverão anotar, num pequeno caderno, os aspectos históricos e artísticos do prédio visitado. Os familiares que os acompanham também farão o mesmo, anotando/fotografando aqueles detalhes que lhe parecem mais interessantes. Ao fim da visita, reunidos na parte central do Mercado, cada criança compartilhará sua anotação com todos, numa roda de conversa,  assim como os familiares, produzindo-se, assim, diálogo construtivo acerca das anotações, sendo que as professoras farão o fechamento da proposta de aprendizagem, realizando as aclarações que sejam pertinentes.


4. Avaliação: a avaliação da aprendizagem será feita a partir do envolvimento e das apresentações das crianças em sala de aula (25% da nota); do exame das intervenções de cada uma delas por ocasião da visita técnica (25% da nota) e, também, pela participação na elaboração de um painel conjunto, reunindo todas as anotações, desenhos, imagens, fotografias que tenham sido utilizadas no desenvolvimento do Projeto Mercado Central de Satolep: um espaço-arte de todos para todos, a ser exibido na Escola para outros estudantes, com participação dos alunos explicando o conteúdo (30% da nota). Por fim, os alunos entregarão aos professores de História e de Arte, uma síntese de atividade, através da resposta a duas perguntas a serem propostas pelas docentes (20% nota). A opção pela avaliação nesse formato reafirma a ideia de processo formativo, no qual o exame da aprendizagem vai acontecendo ao longo das atividades realizadas.


6. Referências: ALVAREZ MENDEZ, J.M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir.                 Porto Alegre:    Penso,2002;       BEDIN, Thais & Vieira, Ethieli. Uma reflexão sobre o ensino da arte nos              anos iniciais do                 ensino fundamental. Disponível em:                 https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/7679_6390.pdf, acesso em                Março/2020;      BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. 2. ed. rev. ampl.                Porto Alegre:    Penso, 2012;      BENDER, W. Aprendizagem baseada em projetos. Porto Alegre: Penso,         2014;     CANDAU, Vera. Didática – questões contemporâneas. Rio de Janeiro:                 Forma   &Ação,                 2009;     CONDEMARÍN, M.; MEDINA, A. Avaliação autêntica: um meio para       melhorar as                 competências   em linguagem e comunicação. Porto     Alegre: Artmed,              2005;     DELOURS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo:        Cortez,                 1998;     DOLZ, J. et al. O enigma da competência em educação. Porto Alegre:                 Artmed, 2004;   FONSECA, Maria de Lourdes Pereira.Padrões Socias e Uso do Espaço Público.                 Disponível em:                 file:///D:/Usuarios/Win7/Downloads/sbs2005_gt01_maria_fonseca.pdf, acesso em                 Março/2020;      GARDNER, H. et al. Avaliação em educação infantil: a teoria das              inteligências      múltiplas na                 educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2001; LIBÂNEO, J. C. Didática e escola em uma sociedade complexa. CEPED.                 UFG,     Goias.2011;        LOPES, Ricardo Ferreira. Considerações sobre os Mercados       Públicos: relação de                 sociabilidade e vitalidade urbana nas cidades. 

                Disponível em: http://www.labcom.fau.usp.br/wp-     content/uploads/2015/05/3_cincci/032-ricardo-lopes.pdf, acesso em          Março/2020;      LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e          proposições.     18. ed. São Paulo: Cortez, 200; PEREIRA, Jean Carlos Cerqueira & Pacheco, Miranda     Bastos. O ensino             de          história                 nas séries iniciais. Disponível em:                 http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada10/_files/VOvTHqq          Q.pdf, acesso em                 Março/2020;      PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à         regulação das    aprendizagens entre     duas lógicas.Porto Alegre: Artmed, 1999;       RUSSELL, M. K.; AIRASIAN, P. W. Avaliação em sala de aula: conceitos e aplicações. 7.            ed.         Porto Alegre: AMGH, 2014;SANMARTÍ, Neus. Avaliar para aprender. Porto       Alegre: Artmed, 2009;                SANMARTÍ, N.; LIMA, C. H. L. Avaliar para aprender. Porto         Alegre:                 Penso, 2009;SANTOS, Klécio. Mercado Central de Pelotas. Fructos doPaiz,     2014; SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras                 aproximações   11. Ed. ver.Campinas Autores Associados, 2011;ZABALA, Antoni. A prática educativa:                 como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.